domingo, 11 de julho de 2010

Criação


Sinta o perfume da flor
que exalar dos jardins.
A maciez da rosa,
A brisa a te acariciar.

Veja o azul do mar
ou o verde,
que cor será?
Veja as gaivotas tão belas!
Sinta o gosto das frutas do pomar
verdes, vermelhas, amarelas...

Sinta a água que banha seu rosto
que mata sua sede
Abrigue-se à sombra de uma árvore.

Ouça o eco do vento,
calmo, violento...
contemple o azul celeste,
Os pássaros exibindo suas belas vestes!
Observe a majestosa lua,
ou a bruma nua,
numa noite escura.

Observe os raios de sol,
rompendo a escuridão
para um novo dia que nascerá.
Tudo na mais perfeita harmonia:
Quem criaria,
Sem a ninguém amar?

Magna Vanuza araújo

DEUS e eu


Era eu e Deus:

Eu não queria, Ele me dava,
Eu desejava, Ele negava
Ele Plantava, eu não Colhia
Eu pensava, Ele construía
Eu Construía, Ele destruía
Eu planejava, Ele ponderava
Eu cansava, Ele me fortalecia
Ele me empurrava, eu tropeçava
Ele mandava, eu não obedecia
Eu desistia, Ele insistia
Eu insistia, Ele resistia
Ele descia, eu subia
Ele me amava, eu o necessitava

Eu o desprezava, Ele me acolhia
Eu chorava, Ele sorria
Eu amadurecia, Ele sabia

Eu orava, Ele escutava
Eu o amei, Ele sempre me amou

Eu me perdi, Ele me encontrou

Já não era só:
Caminhavamos juntos

DEUS e eu.


Magna Vanuza Araújo


terça-feira, 6 de julho de 2010

Vinde a Mim


Vinde, não temas, vinde ...
Vinde, com o coração vazio assim,
Vinde, com a tristeza que te afligi
Vinde, se na vida não tens paz,
Vinde, se não tens mais prazer algum,
Vinde...
Traga contigo somente esse corpo cansado,
Traga contigo, essa desesperança,
Traga contigo esse resto que julgas ser.
Vinde...
Segura minha mão, vamos dar um passeio
No meio dessa devassidão.
Mostre-me, o que aflige o teu coração
E, vinde a mim sem receio
Vinde, iremos repartir o último pão e vinho,
Vinde, chega até mim, que te alimentarei.
Diariamente fortalecerei as tuas forças,
E renovarei a tua esperança.
Esvazia todo orgulho e vem!
Vinde a mim...
Dividirei contigo
Todo peso que carregas,
aliviarei esse teu pesar,
Se simplesmente...
vieres a mim.


Magna Vanuza Farias Araújo

Certeza


Eu sei Senhor,

Que estás em tudo,

No perfume da flor,

No leito da dor,

No coração em aflição,

Na tristeza, na decepção.

Estás na noite sem sono,

No cruel abandono

Estás na alegria,

No sol que irradia,

Na canção de paz,

Na memória de quem jaz.

No céu, na terra,

Aonde alguém necessita de ti

Estás Senhor, no amor

Nas horas de luta, Prazer e de paz

Na guerra fria, no templo, no lar

Apesar de não te ver, estás a me olhar

Entendes meu desabafar,

És meu eterno consolar.

Na minha alegria tens prazer,

Na minha vida um acrescentar.


Magna Vanuza Farias Araújo

Apelo

O que queres de mim Senhor?

Como queres que proceda diante a dor?

Não entendo esse amor,

que me deixa sofrer esse horror.

Passam-se dias, meses e tardes,

Já te implorei para que não tardes,

Não posso conter esse meu desalento.

Se a fé me promete amar,

E acreditar seja a razão de estar

Porque Senhor, deixa-me a clamar?

Te busco em meus pensamentos,

Revejo meu pecar,

Mas me sinto perdoada

Porque tu sabes me amar.

Então, Senhor, cala essa dor.

Não consigo mais,

O cobertor está frio,

Vou congelar no vazio.


Magna Vanuza Farias Araújo



Fortaleza


Tu és meu Deus

És o amparo que me sustenta nas horas de aflição

És meu amigo em toda ocasião

És o sol da minha vida

Meu esposo amigo;

És o amor que me aquece,

O sentimento que me enobrece

Diante de tudo que há de belo,

És meu maior castelo

És a força quando fraca,

O pão quando tenho fome

És meu único e verdadeiro amigo sincero

Meu refugio nas tempestades

És meu fiel escudeiro,

Meu companheiro por inteiro

Não há nada que me afaste desse amor

És a mão que me acalenta

És a fé que me sustenta

És meu caminhar

Minha vida, meu acrescentar

És a luz, a rocha

A vereda mais segura,

Minha eterna ventura.

És a fonte que jorra água cristalina,

Minha nascente,

minha correnteza.

És a minha fortaleza!


Magna Vanuza Araújo